Brasil deve otimizar infraestrutura de GNL, aponta especialista

Brasil deve otimizar infraestrutura de GNL, aponta especialista

Segundo avaliação de especialistas, a otimização da infraestrutura de GNL no Brasil se tornou essencial para os próximos anos.

O combustível já estava classificado como uma das principais alternativas para a transição energética nacional e agora ganha ainda mais reconhecimento. Isso porque os conflitos internacionais, unidos aos investimentos em novos gasodutos, posicionam o País com destaque no mercado internacional. 

No entanto, isso poderá ocorrer da melhor forma com a finalização de projetos já em desenvolvimento. “Hoje, o país conta com oito terminais de GNL em diferentes fases de implantação”, destaca o consultor energético Eduardo Antonello, fundador da Golar Power e Macaw Energies.

Confira a opinião de profissionais da área quanto ao cenário de GNL no Brasil e entenda a posição de liderança nacional.

Atual cenário da produção de GNL no Brasil

Segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em 2021 o Brasil produziu cerca de 134 milhões de metros cúbicos por dia, onde 52 milhões chegaram ao mercado.

Além disso, atingiu valores históricos no período, onde quase metade da produção retornou aos poços no ano passado. Foram 22,2 bilhões de metros cúbicos, ou o equivalente a 45% do volume. Essa marca foi superada em abril de 2022, quando o Brasil reinjentou 49% de sua produção de gás natural.

As expectativas para o cenário futuro também são positivas. De acordo com dados da estatal EPE, a produção de GNL do Brasil deve aumentar de 64 milhões de metros cúbicos por dia para 136 milhões em 2031. A aceleração acontecerá a partir de 2026, por conta dos projetos no pós-sal da Bacia do SEAL (Sergipe-Alagoas) e do pré-sal nas Bacias de Campos e Santos.

Opinião de especialistas

Por outro lado, especialistas indicam que não exista a necessidade de investir em novos projetos para potencializar a produção brasileira, mas sim finalizar o que já está em desenvolvimento.

“Entendo que não haveria necessidade de estruturar novos projetos de terminais de GNL, além daqueles que já estão em desenvolvimento em locais onde não existe duto de distribuição, como é o caso de Itaqui, no Maranhão. Hoje, o país conta com oito terminais de GNL em diferentes fases de implantação”, opina Eduardo Antonello.

De acordo com o especialista, as capacidades de armazenamento desses terminais serão de 800 milhões de metros cúbicos de gás e uma capacidade de regaseificação de 110 milhões de metros cúbicos por dia.

Para Eduardo Antonello, com a finalização da Rota 3, será possível suprir as demandas, e posicionar o País em uma situação confortável em relação ao GNL.

Produzimos 70% a 80% do diesel e GLP domesticamente, e complementamos com insumos de fora. Mas o gás natural doméstico poderia substituir todas essas importações e ainda trazer uma economia significativa ao bolso do consumidor”, aponta o consultor em seu artigo para o portal Petróleo Hoje

O Brasil está liderando

Com o cenário atual, o Brasil se apresenta em uma posição de liderança frente ao cenário internacional. Como explica Eduardo Antonello, os Estados Unidos já vêm trabalhando há quatro décadas para alcançar a independência de gás natural, assim como a Rússia e o Canadá. 

No entanto, eles não possuem o potencial do Brasil que, além de ter os recursos naturais necessários para uma total independência, também poderia reduzir seus níveis de emissões, utilizando o GNL para promover uma maior competitividade no setor industrial e agrícola do país.

Na matéria Click Macaé, Eduardo Antonello realiza uma simulação de rendimento da venda do GNL pelo Brasil para exemplificar essa posição de liderança.

Com as previsões, o País poderia ter um faturamento bruto anual de U$30 bilhões somente com exportações para a Europa, números que não podem ser alcançados por outros concorrentes.

O mercado de GNL no Brasil

Conforme as orientações de especialistas como Eduardo Antonello, é essencial que o cenário de GNL no Brasil finalize seus investimentos e passe a competir no mercado internacional.

O potencial brasileiro é alto, mas precisa de uma infraestrutura adequada para atingir bons resultados.

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